quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dia de . . . . . .

Toda data comemorativa tem um viés comercial, seja lá qual for o tipo da comemoração. O “dia tal” só existe para que as pessoas possam ser lembradas com presentes durante 24 horas. Depois disso, a vida volta ao normal e só um ano depois é que o profissional ou mãe/namorados/avós/crianças serão notados novamente. No meio tempo é claro, existem outros “dias” para movimentar o comércio.

Não sei se isso é uma invenção capitalista ou trata-se apenas de uma simples homenagem a alguém. Se foi apropriado pelos capitalistas é outra história, mas tudo acaba caindo na questão do dinheiro, portanto, não é novidade alguma.

Independentemente da origem, todas as datas comemorativas têm um “quê” de hipocrisia. Naquele dia específico, a pessoa é especial somente porque no calendário aponta que é isso. Ela não fez, nem deixou de fazer, nada demais para merecer tais homenagens. É simplesmente uma data instituída e, por isso, os mais próximos precisam dar presentes ou ligar, mesmo que façam isso uma vez a cada 365 dias.

Particularmente nunca gostei de datas e não dou muita atenção a elas. Sei que magoa algumas pessoas, mas infelizmente prefiro ser coerente a hipócrita neste caso. Se gosto de alguém, vou querer telefonar ou manter contato sempre, não só quando for aniversário ou dia “d” alguma coisa.

Enfim, acabar com as datas é impossível, mas pelo menos posso manter o meu desprezo completo por algumas, por mais difícil que isso seja de entender para aqueles que dão importância demais a estas coisas.


É estranho como as coisas mudam nas datas comemorativas. É uma coisa tão simbólica, que não deveria mudar em nada, mas de repente parece que no Dia das Mães, as mães se tornam mais mães ou que os namorados se tornam mais namorados no dia deles.

Na realidade, o que acontece é que todo mundo deixa pra demonstrar seu afeto na data especial. É como comemorar um aniversário de casamento com champanhe e caviar e depois reclamar o restante do ano de comer arroz com feijão. Se a convivência não é boa, pra que então comemorar?

Outra coisa é desejar tudo de bom e melhor, saúde e amor somente no dia do aniversário da pessoa. Tudo bem, talvez você até deseje tudo aquilo pra ela o ano inteiro, mas é somente na data de aniversário dela que você vai verbalizar. E também... por que falar “Parabéns” pra uma pessoa que talvez nem tenha algo para ser parabenizada, a não ser pelo fato de ter completado mais um ano de vida?

Tirando essa visão amarga das coisas, ainda é legal comemorar datas especiais. Ter uma surpresa agradável, receber um abraço carinhoso, ver pessoas que estão longe, ver que os outros se importam com você, de alguma forma, mesmo que instantânea.

Sei que mais importante que estar presente nessas datas felizes, é essencial que se esteja presente nas horas ruins também, daí vem o verdadeiro valor das coisas.

Mas visto que as pessoas mal têm tempo pra elas mesmas, o ideal é que não deixem passar em branco as datas especiais. Pode ser que tenha alguém esperando ansiosamente por uma lembrança sua.

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