terça-feira, 20 de janeiro de 2009

God bless America!!!





Rosa Parks sat so Martin Luther King could walk.

Martin Luther King walked so Obama could run.

Obama ran so we can all fly”.

Parecia um poema, mas era na realidade a manchete do “Newsday”, de Long Island (NY), no dia 19 de Janeiro. Por trás do tom de versinho, uma realidade romântica incorporada pelos eleitores norte-americanos: Barack Hussein Obama é o percussor de Luther King. Significa a esperança de novos tempos para uma sociedade descrente.

Talvez a figura de Obama esteja sendo muito mais exaltada pela mídia do que pelo próprio povo, mas o fato é que os norte-americanos depositam nele todos os clamores e expectativas de progresso, honestidade e benevolência.

O senador democrata virou, repentinamente, o salvador do mundo. Se falta comida, Obama salva. Se falta dinheiro, Obama salva. Se sobram mortes e guerras civis, Obama salva também.

Analisando de fora, uma série de clichês acompanham o novo presidente e podem justificar o porquê ele parece ser o último dos heróis. Primeiro, porque representa a garra dos negros, historicamente repreendidos e sedentos por justiça. Depois, porque trouxe consigo a promessa de “mudança” para aqueles que repudiam o atual governo Bush.

Por isso, são muitos os fatores históricos, sociais e políticos que conspiram a favor de Obama. Também são inúmeros os cidadãos estadunidenses que depositam nele uma fé quase que religiosa, a ponto de idolatrá-lo e venerá-lo sem sequer saber do seu passado político ou das promessas futuras.

O fato é que Obama começa seu mandato preso aos anseios do mundo. Será o foco das atenções mundiais e qualquer vacilo banal pode repercutir imensamente.

Se tudo correr bem – e se correr mal também -, uma importante página da história será escrita hoje quando Barack Obama for empossado presidente dos Estados Unidos.

Até aqui, o maior mérito do ex-senador foi ter despertado um interesse fora do normal por política nos jovens, daquele e de outros países espalhados pelo mundo.O apelo pop do novo presidente é indiscutível, e Obama, com certeza, figura fácil na parede ao lado de ídolos da música ou do cinema em quartos adolescentes planeta afora.

O fato de ele ser negro não deveria ser motivo para tanta euforia – aliás, nem mesmo para esta linha que você acabou de ler. Diariamente fico me perguntando se relembrar a cor da pele dia sim dia também não é racismo. No discurso do politicamente correto, ser o primeiro presidente de um país reconhecidamente racista não deveria significar nada, apesar de que eu acho um puta avanço por lá.

Outra coisa que incomoda é o tratamento de novo “Jesus Cristo” dado a Obama. O cara estará à frente da mais poderosa - ou seria imperialista – nação do mundo, mas não tem uma vara de condão para fazer sumir ou aparecer coisas. Crises econômicas, conflitos no Oriente Médio, guerras civil na África e os países em desenvolvimento pedindo migalhas são apenas alguns dos desafios.

Muita coisa pode mudar, mas é melhor esperar o andar da carruagem para ver o que, de fato, ira melhorar na vida de cada um dos habitantes do planeta.

Mas, a melhor notícia disso tudo é o Bush fora. Ufa!

2 comentários:

Natiê Amaral disse...

Nesses dias de posse de obama,uma imagem me vem seguidas vezes a cabeça: jfk levando dois tiros.

24 de janeiro de 2009 às 15:38
Anônimo disse...

Nestes dias de posse do Obama, uma outra imagem vem à cabeça: a Regina Duarte dizendo que tem medo.

24 de janeiro de 2009 às 16:45

Postar um comentário